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Polícia Civil cria escala de plantão

Apenas 67 dos 853 municípios mineiros terão delegacias abertas após as 18 horas e nos fins de semana e feriados. O número corresponde às cid...

Apenas 67 dos 853 municípios mineiros terão delegacias abertas após as 18 horas e nos fins de semana e feriados. O número corresponde às cidades selecionadas nos 18 departamentos da Polícia Civil para centralizar o registro de ocorrências durante os plantões. Com o novo esquema, 70% das delegacias que mantinham atendimento fora do expediente normal, nas contas do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol-MG), ficarão fechadas. A mudança vai obrigar vítimas de crimes e policiais militares a viajarem até centenas de quilômetros para fazer boletins.

A medida foi tomada porque, em vários municípios, unidades da Polícia Civil registravam somente dois flagrantes por semana. A decisão judicial foi encaminhada à direção da Polícia Civil, para definir providências a serem tomadas. Já a direção do Sindpol-MG diz que a mudança não passa de uma "improvisação" para tentar reduzir a carga excessiva de trabalho.
O presidente do Sindpol-MG, Denílson Martins, teme um colapso na segurança, principalmente no interior. "O efetivo já é insuficiente para atender à demanda da população. Imagine com a redução dos plantões e o fechamento de delegacias", diz. A corporação conta atualmente com 10.500 policiais, incluindo delegados, peritos, investigadores e escrivães, além de servidores administrativos.

A justificativa da Polícia Civil é que a centralização dos plantões é determinada pela Lei Complementar 84/2005, que limita a duração da jornada dos policiais a 40 horas por semana. Mas devido ao número reduzido de funcionários, especialmente no interior, servidores chegavam a trabalhar por até 70 horas, no mesmo intervalo, segundo o sindicato. Na região, as cidades que integram a concentração dos atendimentos, além de Frutal, são Araxá, Iturama, Uberaba, Uberlândia, Ituiutaba e Araguari.

Os policiais civis mineiros estão em greve por tempo indeterminado. A paralisação definitiva começou no dia 10 de maio depois de negociações com o governo e a não aceitação das propostas da campanha salarial 2011. Os policiais pedem aumento no quadro de funcionários, equiparação remuneratória de delegados da polícia e representantes do Ministério Público, e melhores condições de trabalho. Segundo as orientações do Sindpol-MG para a greve, os policiais devem confeccionar apenas 50% do total de ocorrências registradas em cada delegacia.

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