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CGU aponta problemas em 75% das cidades

A Controladoria-Geral da União (CGU) fiscaliza anualmente bilhões de reais repassados pela União a municípios e calcula que pelo menos 75% d...

A Controladoria-Geral da União (CGU) fiscaliza anualmente bilhões de reais repassados pela União a municípios e calcula que pelo menos 75% das cidades apresentam problemas graves em processos licitatórios envolvendo recursos de programas bancados pelo governo federal. A estimativa atinge prefeituras fiscalizadas após serem sorteadas pela controladoria, denunciadas ou visitadas por fiscais a pedido da Justiça, por exemplo.

As irregularidades encontradas pela CGU, detectadas principalmente em pequenos municípios das regiões Norte e Nordeste, vão de superfaturamento a direcionamento para que uma determinada empresa seja contemplada. Desde que começou a sortear aleatoriamente municípios com menos de 500 mil habitantes, em 2003, a CGU já verificou os repasses a 1.881 cidades e analisou a transferência de R$ 16,2 bilhões do governo federal destinados aos municípios.

Um dos sorteios feitos pela CGU exemplifica bem o alto grau de irregularidades: 57 das 60 cidades fiscalizadas registraram problemas em licitação. Ou seja, 90% delas. Anualmente, a Controladoria encaminha cerca de 1.500 processos sobre problemas encontrados nas fiscalizações ao Tribunal de Contas da União (TCU), o equivalente a pelo menos R$ 1 bilhão em recursos públicos utilizados de maneira imprópria.

Nos municípios com população de até 50 mil habitantes, o órgão fiscaliza recursos transferidos pelos ministérios da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento Social. Já nas cidades com população entre 50 mil e 500 mil habitantes, o alvo das verificações são as implementações dos programas do governo federal nas áreas de Saúde e Desenvolvimento Social.

O secretário federal de Controle Interno da CGU, Valdir Agapito, afirma que a maior vítima das irregularidades são os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Na saúde, os maiores problemas são em licitações para aquisição de medicamentos ou até equipamentos e remédios que são comprados, mas ficam encaixotados. Segundo Agapito, alguns municípios reincidem nas irregularidades, embora isso não seja comum.

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