Usina de álcool em Fronteira demite 380 trabalhadores
Menos de um ano depois de entrar em atividade em Fronteira (MG), a Destilaria Rio Grande demitiu cerca de 380 trabalhadores na última sexta-...
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Menos de um ano depois de entrar em atividade em Fronteira (MG), a Destilaria Rio Grande demitiu cerca de 380 trabalhadores na última sexta-feira, divulgou ontem o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Álcool de Fronteira e Região, Nildomar Lázaro da Silva, afirmando ainda que a usina teria encerrado suas atividades.
A destilaria Rio Grande nasceu no ano passado, a partir da cisão do grupo Vale do Ivaí, do Paraná. O grupo havia assumido a unidade de Fronteira em 2007, como parte de um processo de recuperação da massa falida proprietária da destilaria Fronteira. A primeira safra ocorreu em julho daquele ano.
Em 2008, a Vale do Ivaí obteve aprovação para começar um processo de desoneração da massa falida, que resultou na aquisição de 100% da unidade. Segundo Silva, em épocas de safra da cana-de-açúcar, a usina chegou a empregar 500 pessoas e seu fechamento pode ser bastante prejudicial para a economia.
No ano passado, segundo dados disponíveis no site da usina, a projeção era moer 643 mil toneladas de cana para produção de 55.199 metros cúbicos de álcool destinados aos mercados nacional e internacional. A empresa tem cana própria e compra de fornecedores de Fronteira, Frutal e Icém.
Nildomar disse ainda que a empresa teria alegado que o fechamento foi motivado por dívidas estimadas em R$ 40 milhões. “Fronteira tem cerca de 14 mil habitantes e essa era a única empregadora”.
O fornecedor de cana Levi Palhares, que tem contrato com a usina, lamentou o fechamento da empresa em função dos prejuízos na empregabilidade na cidade, mas disse que está tranquilo que irá receber os 20% que faltam do atual contrato com a usina. “A empresa garantiu que não vai haver prejuízo para ninguém, todos vão receber: trabalhadores, fornecedores e arrendatários.”
Cooperativa
Para tentar reverter o problema, o sindicato está articulando a criação de uma cooperativa de trabalhadores, fornecedores e credores para arrendar a indústria e evitar seu fechamento. “Estamos tentando arrestar a cana plantada para garantir o funcionamento da usina”, disse.
O sindicato também entrou com uma representação no Ministério Público de Frutal para que a Justiça analise uma possível fraude no processo de falência da então usina Fronteira. A informação foi confirmada pela promotora Daniza Biazevic, que disse que vai analisar as informações e deve juntá-las ao processo de falência existente.
Diretores da usina foram procurados, mas a informação era de que o assunto está sendo tratado pelo escritório de São Paulo, que não funcionou ontem e não irá abrirá também hoje em função do feriado em comemoração ao aniversário da Capital paulista.
A destilaria Rio Grande nasceu no ano passado, a partir da cisão do grupo Vale do Ivaí, do Paraná. O grupo havia assumido a unidade de Fronteira em 2007, como parte de um processo de recuperação da massa falida proprietária da destilaria Fronteira. A primeira safra ocorreu em julho daquele ano.
Em 2008, a Vale do Ivaí obteve aprovação para começar um processo de desoneração da massa falida, que resultou na aquisição de 100% da unidade. Segundo Silva, em épocas de safra da cana-de-açúcar, a usina chegou a empregar 500 pessoas e seu fechamento pode ser bastante prejudicial para a economia.
No ano passado, segundo dados disponíveis no site da usina, a projeção era moer 643 mil toneladas de cana para produção de 55.199 metros cúbicos de álcool destinados aos mercados nacional e internacional. A empresa tem cana própria e compra de fornecedores de Fronteira, Frutal e Icém.
Nildomar disse ainda que a empresa teria alegado que o fechamento foi motivado por dívidas estimadas em R$ 40 milhões. “Fronteira tem cerca de 14 mil habitantes e essa era a única empregadora”.
O fornecedor de cana Levi Palhares, que tem contrato com a usina, lamentou o fechamento da empresa em função dos prejuízos na empregabilidade na cidade, mas disse que está tranquilo que irá receber os 20% que faltam do atual contrato com a usina. “A empresa garantiu que não vai haver prejuízo para ninguém, todos vão receber: trabalhadores, fornecedores e arrendatários.”
Cooperativa
Para tentar reverter o problema, o sindicato está articulando a criação de uma cooperativa de trabalhadores, fornecedores e credores para arrendar a indústria e evitar seu fechamento. “Estamos tentando arrestar a cana plantada para garantir o funcionamento da usina”, disse.
O sindicato também entrou com uma representação no Ministério Público de Frutal para que a Justiça analise uma possível fraude no processo de falência da então usina Fronteira. A informação foi confirmada pela promotora Daniza Biazevic, que disse que vai analisar as informações e deve juntá-las ao processo de falência existente.
Diretores da usina foram procurados, mas a informação era de que o assunto está sendo tratado pelo escritório de São Paulo, que não funcionou ontem e não irá abrirá também hoje em função do feriado em comemoração ao aniversário da Capital paulista.