Colheita de cana recua 39,5% e já ameaça abastecimento
Depois da disparada de preços, o álcool já está ficando mais barato, mas ainda não voltou a ser mais vantajoso do que a gasolina em Minas Ge...
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Depois da disparada de preços, o álcool já está ficando mais barato, mas ainda não voltou a ser mais vantajoso do que a gasolina em Minas Gerais. Com as previsões de queda de safra de cana-de-açúcar, ainda será difícil garantir mais oferta e controlar o retorno da carestia. Segundo relatório quinzenal da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), até maio, a moagem teve queda de 39,5% em relação à safra anterior. Na opinião do representante da Unica em Ribeirão Preto, Sérgio Prado, a melhor alternativa é incentivar novos investimentos.
O superintendente de Economia e Política Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Ricardo Albanez, afirma que o setor sucroalcooleiro sofreu muito com a crise econômica de 2008, adiando muitos investimentos que, se tivessem saído do papel, certamente amenizariam o problema da oferta de etanol no mercado interno. "Houve aumento de 2,2% na produção de cana na região Centro-Sul, mas não é suficiente para evitar um descompasso entre produção e consumo", avalia Albanez, lembrando como o crescimento das vendas de carros flex influencia no aumento da demanda por álcool.
Na opinião dele, o governo também precisa investir em tecnologia para desenvolvimento do chamado etanol de segunda geração, feito a partir de outros insumos, além da cana-de-açúcar. "Já existem investimentos, mas é preciso financiar mais pesquisas para biocombustível", destaca Albanez.
Inflação. A queda da colheita de cana-de-açúcar também é uma ameaça aos planos do governo de impedir que a inflação aumente, pressionada pela alta dos combustíveis neste semestre. Desde o início da safra 2011/2012, a moagem totalizou 56,66 milhões de toneladas, ante 93,67 milhões registradas no mesmo período de 2010, segundo dados da Unica.
Essa queda foi provocada por fatores climáticos desfavoráveis, que atrasaram a operação das usinas, e também por conta da redução da produtividade dos canaviais, cujas plantações têm em sua maioria pés de cana velhos.
O superintendente de Economia e Política Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Ricardo Albanez, afirma que o setor sucroalcooleiro sofreu muito com a crise econômica de 2008, adiando muitos investimentos que, se tivessem saído do papel, certamente amenizariam o problema da oferta de etanol no mercado interno. "Houve aumento de 2,2% na produção de cana na região Centro-Sul, mas não é suficiente para evitar um descompasso entre produção e consumo", avalia Albanez, lembrando como o crescimento das vendas de carros flex influencia no aumento da demanda por álcool.
Na opinião dele, o governo também precisa investir em tecnologia para desenvolvimento do chamado etanol de segunda geração, feito a partir de outros insumos, além da cana-de-açúcar. "Já existem investimentos, mas é preciso financiar mais pesquisas para biocombustível", destaca Albanez.
Inflação. A queda da colheita de cana-de-açúcar também é uma ameaça aos planos do governo de impedir que a inflação aumente, pressionada pela alta dos combustíveis neste semestre. Desde o início da safra 2011/2012, a moagem totalizou 56,66 milhões de toneladas, ante 93,67 milhões registradas no mesmo período de 2010, segundo dados da Unica.
Essa queda foi provocada por fatores climáticos desfavoráveis, que atrasaram a operação das usinas, e também por conta da redução da produtividade dos canaviais, cujas plantações têm em sua maioria pés de cana velhos.