Área Azul funciona irregularmente há quatro anos em Frutal
Para muitos ela foi a principal responsável por organizar o caótico trânsito da região central da nossa cidade, criando locais adequados ...
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Para muitos
ela foi a principal responsável por organizar o caótico trânsito da região
central da nossa cidade, criando locais adequados para que os motoristas
finalmente pudessem estacionar seus veículos nas ruas e avenidas mais
movimentadas do município.
Para outros,
ela é apenas mais uma taxa inventada pelos políticos para esvaziar ainda mais o
bolso do pobre contribuinte que sempre é obrigado a pagar a conta.
Defendida por
alguns e reprovada por outros, a Área Azul sempre foi motivo de muita polêmica
e discussão entre os moradores da cidade desde a sua criação em 2009.
A falta de
regulamentação sobre as ruas que fazem parte da área azul, o aumento em 50% da
taxa cobrada pelo serviço, a falta de controle do município sobre a receita
obtida e a forma de contrato dos funcionários são os principais questionamentos
levantados pelo advogado tributarista Leonardo Junqueira.
Junqueira
afirma que a área azul em Frutal está irregular e aponta os pontos que precisam
ser regularizados. “A Área Azul está completamente irregular perante a lei, ela
é uma taxa de polícia que foi instituída pela Prefeitura na tentativa de
democratizar o estacionamento no centro da cidade, essa cobrança até é
permitida por lei, contudo, deveriam ter sido tomadas algumas atitudes legais
que não foram concretizadas. Era função do Executivo editar um decreto
estabelecendo em quais ruas deveriam ser cobradas a taxa da Área Azul,
entretanto, esse decreto não existe. O que torna ilegal a cobrança dessa taxa
em qualquer rua da cidade”.
Ainda segundo
Leonardo Junqueira o montante arrecado pela Área Azul e repassado mensalmente
para a Creche Pequeninos de Jesus fere os princípio da transparência com o
dinheiro público. “A arrecadação obtida pela Área Azul não está passando pelos
cofres públicos e isso completamente imoral e ilegal. Esse dinheiro primeiro
devia passa pela Prefeitura para depois ser repassado para as entidades
beneficiadas. Por que se não existe este controle do dinheiro público como o
cidadão vai saber o quanto esse serviço arrecada todos os meses?”
O Presidente
da Área Azul, José Maria Perin, contradiz a afirmação feita pelo advogado
tributarista, de que o decreto que define as ruas da área azul ainda não está
concluído. Segundo José Maria há sim regulamentação sobre as ruas pintadas da
área azul. “Esse decreto existe sim e ele definiu quais ruas seriam atingidas
pela Área Azul. Todo esse processo foi feito as claras nada aqui é feito na
surdina”.
O assessor
jurídico da Prefeitura, Cláudio Rodrigues Borges afirma o contrário. De acordo
com ele, o decreto ainda não está pronto, e que o documento está sendo providenciado.
“Estamos ajustando alguns detalhes sobre este decreto e ele será finalizado e
sancionado o mais breve possível”.
Quanto a
fiscalização da sobre a verba arrecadada pela área azul, o presidente da
guarda-mirim José Maria admite que o dinheiro não é repassado para a Prefeitura
e vai direto para o caixa da Creche Pequeninos de Jesus. “Esse dinheiro vai
direto para a creche, a única coisa que fazemos é apresentar nossos balancetes
para Poder Executivo. Aliás o dinheiro arrecado não está sendo suficiente para
arcar com as nossas despesas tanto que pretendemos aumentar o valor da Área
Azul para dois reais”.
Apesar da lei
que cria a área azul estabelecer que os reajustes dos preços das tarifas devam
ser feitas dentro dos limites das variações inflacionárias, o assessor jurídico
da Prefeitura afirma que o Poder Executivo tem total autonomia para reajustar o
valor da tarifa de acordo com o que for necessário para facilitar o trabalho de
troco. “Não existe nada na lei que impeça que a Prefeitura eleve os preços da Área
Azul até o valor que julgar necessário para custear o serviço, a única coisa
que a lei exige é que o valor cobrado pelo serviço facilite a devolução do
troco para o motorista que faz uso do serviço”.
O assessor
jurídico da Prefeitura, Cláudio Rodrigues Borges ainda afirma que a Prefeitura
não é a responsável pela a Área Azul. “A prefeitura não detém o serviço da Área
Azul, esse serviço foi devidamente delegado para a Guarda Mirim de Frutal”