Cartório se recusa a registrar criança
Escolher o nome de um filho não é tarefa das mais fáceis. O significado, a sonoridade e a originalidade são apenas alguns dos fatores ...
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Escolher o nome de um filho não
é tarefa das mais fáceis. O significado, a sonoridade e a originalidade são
apenas alguns dos fatores levados em conta pelos pais na hora de decidir qual
será o nome da criança.
Contudo, o melhor a se fazer é
não exagerar muito na criatividade, isto porque dar um nome diferente ou
original demais para o bebê pode causar sérios problemas no momento de
registrar a criança, já que uma lei criada em 1973 impede o registro de nomes
considerados estranhos.
Foi isso o que aconteceu com o
entregador Iramir Nunes Siqueira. Ele e a esposa decidiram colocar o nome do
segundo filho de Irakelven, mas o cartório de Registro Civil se negou a
efetuar o registro alegando que o nome era estranho e poderia causar
constrangimentos ao menino quando ele crescesse.
Iramir procurou a reportagem do
Raio X para contar um pouco de sua batalha para registrar o filho que já está
com oito meses de idade. “Com oito dias que meu filho havia nascido, fui no
cartório registrá-lo. Contudo, a mulher do cartório me disse que o nome que
escolhi para o meu filho era ridículo e que ele poderia prejudicá-lo no futuro.
O entregador afirma que mesmo
após trocar o nome do filho para Iran Kelven, ainda não foi possível registrar
a criança. “Atendendo ao pedido do cartório decidi trocar o nome do meu filho,
mas dois meses já se passaram desde que realizei esta alteração e até agora
nada desse bendito registro sair”.
Iramir esclarece porque decidiu
batizar o filho com um nome tão peculiar. “Eu não queria que meu filho tivesse
um nome muito comum, queria um nome estrangeiro. E tanto eu quanto a mãe dele
gostamos do Kelven por isso decidimos colocar o nome do nosso filho
primeiramente, de Irakelven.
O repórter Nélio Barbosa
entrevistou a Oficial Substituta do Cartório de Registro Civil, Quérlia
Rodrigues da Silveira Nunes, que explicou porque o cartório se recusou a
registrar a criança. “Nós entendemos que esse nome poderia expor essa criança
ao ridículo e como a lei nos faculta esse direito fizemos essa remissão ao juiz”.