Frutal tenta preservar o pouco que restou de sua história
“Um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do pas...
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“Um
povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a
cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado”, a frase é antiga
e foi cunhada pela professora brasileira, Emília Viotti da
Costa, considerada uma das mais importantes historiadoras do mundo.
Mas ao que tudo indica o célebre
apelo da professora parece não ter sensibilizado os moradores e,
principalmente, os governantes frutalenses. Já que nas últimas décadas os
principais monumentos históricos da cidade, que eram responsáveis por embelezar
e por dar um certo charme ao nosso município, foram destruídos pela ganância
dos homens ou simplesmente sucumbiram a implacável ação do tempo.
Esse assunto foi extensamente
discutido ontem, no encontro Regional de Museus, realizado ontem na Câmara de
Frutal.
Recuperar o tempo perdido, ou
melhor, recuperar as memórias e os objetos que ficaram perdidas no tempo, essa
será a difícil missão do arquiteto, Ionei Dutra, que recentemente assumiu a
direção do Museu de Frutal. “Nosso museu é simples, eu diria que ele é até
singelo, mas sua principal função é preservar a nossa história para que jamais nos
esqueçamos das nossas raízes”.
Ionei
explica que nesta nova fase do museu, que será reinaugurado em breve, haverá
uma exposição permanente com objetos que fazem referência a história do nosso
município e também serão realizadas freqüentemente exposições temporárias. “Teremos
objetos que ficarão expostos ao público permanentemente, contudo, também
poderemos receber exposições itinerantes ou até mesmo criarmos alguma novas
exposição para celebrarmos alguma data comemorativa”.
Na opinião de Ramon
Vieira, Diretor de Gestão de Acervo da Superintendência de Museus e Artes
Visuais da Secretaria do Estado de Cultura, o poder público deve sempre desenvolver
ações que reforcem a identidade cultural e histórica do município. “Esse
encontro é apenas o primeiro passo para que Frutal demonstre que é realmente um
município preocupado em preservar o seu passado. Outras ações que contribuiriam nesse processo de não deixar que a história de toda essa cidade caia no
esquecimento seriam a criação de um museu com um acervo realmente rico e o tombamento de diversos patrimônios históricos da localidade”.
Hotel Central |
Apesar de
Frutal ter apenas um prédio tombado pelo Patrimônio Histórico, o Diretor de
Gestão de Acervo da Superintendência de Museus e Artes Visuais da Secretaria do
Estado de Cultura, garante que existe, sim, uma política
de incentivo à preservação de prédios históricos em Minas Gerais. “Em nosso
Estado existem não só um, mas dois órgãos responsáveis por realizar o
tombamento de patrimônios históricos, entretanto, é preciso que haja vontade
política dos municípios para que esse desejo de preservar os monumentos da cidade não fique apenas
no papel”.