Vereador e geógrafo divergem sobre a emancipação de Aparecida de Minas
A Câmara dos Deputados deve analisar, hoje, o projeto de lei que, na prática, facilita o processo de criação, incorporação, fusão e desm...
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A
Câmara dos Deputados deve analisar, hoje, o projeto de lei que, na prática,
facilita o processo de criação, incorporação, fusão e desmembramentos de
municípios no país.
Pelo
texto do projeto, a formação de um novo município terá que ser proposta através
de um documento assinado por pelo menos 10% dos eleitores residentes nas áreas
envolvidas. De acordo com o projeto, o pedido deverá ser protocolado na
Assembléia Legislativa Estadual, que precisará elaborar, em 180 dias, um estudo
sobre a viabilidade da futura cidade.
O estudo deverá verificar a viabilidade econômica, ambiental e política do novo município. Depois de finalizado, o documento será votado pela assembléia legislativa, que decidirá se o processo será arquivado ou aprovado. Se o município que se pretende criar for considerado viável, os deputados estaduais deverão organizar um plebiscito para que toda a população das áreas afetadas pelas mudanças possa se manifestar sobre o assunto.
O estudo deverá verificar a viabilidade econômica, ambiental e política do novo município. Depois de finalizado, o documento será votado pela assembléia legislativa, que decidirá se o processo será arquivado ou aprovado. Se o município que se pretende criar for considerado viável, os deputados estaduais deverão organizar um plebiscito para que toda a população das áreas afetadas pelas mudanças possa se manifestar sobre o assunto.
Em
entrevista ao repórter Nélio Barbosa, o vereador Bruno Augusto que defende a
emancipação de Aparecida de Minas destacou que com a aprovação deste projeto de
lei um antigo sonho de todos os moradores do distrito finalmente se tornaria
realidade. “Eu como um vereador que recebeu mais de 600 votos em Aparecida de
Minas tenho a obrigação de levantar essa bandeira da emancipação. E hoje as
condições estão cada vez mais propícias para que esse velho sonho se torne uma
realidade. Por exemplo, o artigo três desta lei afirma que para que o distrito
se transforme em município é necessário um número mínimo de 2000 eleitores e
Aparecida de Minas já conta com 1800 eleitores, além disso, a mesma lei
ressalta que o distrito precisa ter pelo menos 400 residências e hoje, com
certeza, o nosso distrito possui uma quantidade de casas superior a este número”.
Vereador Bruno Augusto |
Na
opinião de Bruno Augusto, Aparecida de Minas já possui uma boa infraestrutura
urbana o que possibilitaria que o processo de emancipação distrito
transcorresse sem causar grandes transtornos aos moradores da localidade. “O
distrito já conta com a maioria das instituições exigidas pela lei para que
ocorra a emancipação, como por exemplo, uma escola de primeiro e uma unidade
básica de saúde. Além do mais, já contamos com os recursos para a construção do
velório municipal que é outra exigência desta lei”.
O
vereador ainda destaca que a emancipação de Aparecida de Minas traria
benefícios para toda a região. “Frutal não sofreria mais com o ônus de ter que
investir em obras de infraestrutura no nosso distrito e em contrapartida
Aparecida de Minas teria autonomia para investir os recursos provenientes das
atividades desenvolvidas na localidade em ações que realmente melhorariam a vida
das pessoas que lá residem”.
De
acordo com o geógrafo e professor, Leandro de Sousa Pinheiro, vários fatores
sociais, econômicos e políticos impediriam a emancipação do distrito de
Aparecida de Minas. “Em minha opinião, Aparecida de Minas está longe de ter as
condições ideais para que este projeto de emancipação seja concretizado sem
causar algum dano a população. E também o distrito não preenche os requisitos
básicos exigidos pela lei para se transformar em município”.
Na opinião de Leandro, a
maioria das cidades brasileiras sofre com os graves problemas causados pela a
falta de um planejamento urbano verdadeiramente adequado. “Neste momento
devemos deixar o bairrismo de lado e pensar no bem comum de toda uma
comunidade. Crescer não significa necessariamente desenvolvimento, para que um
distrito se desenvolva e se transforme em cidade é fundamental um bom
planejamento”.