Ministério Público move ação contra Igreja Católica e Prefeitura para tentar impedir que a sede do ISPA seja demolida
O Ministério Público de Frutal e a Curadoria do Patrimônio Histórico e Cultural entraram como uma ação civil pública contra a Prefeitur...
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O
Ministério Público de Frutal e a Curadoria do Patrimônio Histórico e Cultural
entraram como uma ação civil pública contra a Prefeitura Municipal e contra a
Igreja Católica para tentar impedir que a tradicional sede do Instituto São
Paulo Apóstolo, o ISPA, seja destruída.
O
imponente prédio, construído em meados do século passado, seria destruído para
dar lugar a duas torres de apartamentos residenciais.
Em entrevista ao repórter Nélio Barbosa, o Promotor Renato
Teixeira Rezende afirmou que o inquérito civil público instaurado pelo
Ministério Público comprovou o inegável valor histórico e cultural do prédio. “É
inegável o valor cultural, educacional e simbólico para a cidade. Um município tão
carente de patrimônios históricos não pode se dar ao luxo de destruir uma das
poucas edificações remanescentes de um passado que não pode jamais ser esquecido,
aliás, nossa luta é justamente para preservar as raízes de um povo”.
O promotor ressalta que apesar do prédio do ISPA ser de
propriedade particular, o poder público tem obrigação de preservar a estrutura
física daquela edificação. “Isso é algo constitucional, o poder público não pode
se eximir da responsabilidade de tentar preservar os prédios históricos da
cidade, por isso, estamos movendo uma ação também contra a Prefeitura que tinha
a obrigação de não permitir que o prédio estivesse naquele estado deplorável em
que se encontra atualmente. Vale ressaltar que não só queremos preservar aquele
prédio, mas também dar uma finalidade social para ele, queremos que toda a
população usufrua daquele espaço”.
Procurado pela reportagem do Raio X o assessor jurídico do
município, Cláudio Borges, ressaltou que a prefeitura não se pronunciará sobre
a ação civil pública. O repórter Nélio
Barbosa também tentou falar com o padre Sebastião Ribeiro, pároco da Igreja
Nossa Senhora do Carmo que também não quis se pronunciar sobre esse assunto