UEMG e Ministério Público entram em acordo e professores, que deveriam ser demitidos por conta de irregularidades no processo seletivo, continuam nos cargos até o final deste ano
Uma audiência entre Ministério Público e representantes da UEMG foi realizada na última sexta-feira a fim de fazer um acordo sobre a cont...
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Uma audiência entre Ministério
Público e representantes da UEMG foi realizada na última sexta-feira a fim de
fazer um acordo sobre a contratação de professores, que no entendimento do
Ministério Público, teria sido irregular.
Segundo a ação civil pública, a
direção não teria obedecido a ordem de classificação e a preferência dos
professores que participaram do processo de seleção.
Uma liminar, que determinava a
demissão dos professores que haviam sido contratados irregularmente, foi
derrubada no Tribunal em Belo Horizonte. Porém, com o novo acordo, a UEMG deve
fazer ajustes para a contratação dos professores para o próximo ano.
Caso desobedeça a determinação, a
multa pode ser de 10 mil reais por dia.
Segundo o promotor de Justiça
Renato Teixeira, o tribunal reconheceu que a imediata demissão dos professores
provocaria prejuízo aos alunos da UEMG. “A universidade entrou com agravo de
instrução e obteve a suspensão da liminar que pedia que fosse feita a imediata
reclassificação dos docentes aprovados no processo seletivo relativo ao ano
letivo de 2013, já que ficou comprovado que a universidade não respeitou a real
ordem de preferência dos candidatos”.
De acordo com o promotor Renato
Teixeira, o acordo segue o que determina a decisão judicial, mas que será
aplicado no próximo ano. “Ficou definido que a partir de primeiro de janeiro do
ano que vem, a universidade fará as correções devidas. E também abrirá um novo
processo seletivo para preencher as vagas ociosas, contudo, neste processo os
candidatos já terão que definir no momento da inscrição que disciplinas desejam
lecionar, para que não ocorra novamente esta celeuma jurídica”.
O processo não foi extinto ainda,
explica o promotor de justiça Renato Teixeira. “Por enquanto a ação está apenas
suspensa, se a UEMG não cumprir com o que foi acordado durante essa audiência de
conciliação, a universidade sofrerá as sanções cabíveis”.
COMUNICADO À IMPRENSA
A direção do Campus local da
Universidade do Estado de Minas Gerais vem a público manifestar seu
contentamento com a postura da Promotoria e do Poder Judiciário local que
evitaram a troca imediata de professores em razão da interpretação feita sobre
o processo seletivo simplificado para professores realizado no final de 2012
pela UEMG Frutal.
Tanto o Promotor de Justiça Dr.
Renato Teixeira Rezende quanto o MM. Juiz Stéfano Renato Raimundo compreenderam
o prejuízo para alunos e para a Universidade em fazer as modificações no quadro
de docentes no corrente semestre letivo e, por isso, proporcionaram o acordo.
Agradecemos o sempre atencioso
trabalho da imprensa frutalense que, desde o início da história do ensino
superior em Frutal, acompanha a luta de muitos que valorizam esta importante
conquista que é a Universidade pública, gratuita e de qualidade.