Diretor da Minaspetro descarta possível apagão do combustível

Disparada do preço do etanol, que subiu mais de 30% nos postos de combustíveis desde o início do ano, fez com que motoristas migrassem em massa para a gasolina, provocando escassez do produto. Falta do combustível em alguns postos do interior de São Paulo, combinada ao fato de a Petrobras e os usineiros importarem gasolina e etanol, motivou preocupação nos consumidores de outras regiões.
Em Uberaba, o diretor da Minaspetro, José Antônio Nascimento Cunha (Totonho), ressaltou que não acredita na possibilidade de um “apagão do combustível” e avalia que o momento vivenciado pelo mercado não é grave, mas depende de investimento e solução rápida.

Apesar de encarar com tranquilidade o período e presumir que a situação se normalize a partir do próximo mês, José Antônio confirmou que donos de postos estão encontrando dificuldades para comprar o produto. No entanto, ele garantiu que estoques são suficientes até que a situação sofra reviravolta. Explicação para a escassez dos combustíveis, de acordo com Totonho, está no pós-feriado, que provocou corrida nos estabelecimentos.
Para o diretor, a Minaspetro tem trabalhado junto à Agência Nacional do Petróleo, a ANP, mesmo assim o representante da categoria reconheceu que faltam investimento na esfera e abastecimento preventivo para respaldar ocasiões como a vivenciada pelo setor. “Com o aumento da frota no país e outras condições, a tendência é ampliar o consumo, mas se os órgãos responsáveis não agirem, as coisas podem fugir do controle”, finalizou.