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Má qualidade da escola faz aluno evitar o Enem

Que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem como meta abrir caminho do ensino superior para cada vez mais brasileiros, com especial preo...

Que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem como meta abrir caminho do ensino superior para cada vez mais brasileiros, com especial preocupação para os estudantes de escola pública, pouca gente discute. Mas a promessa de cruzar as portas que dão acesso à universidade ainda não conseguiu seduzir tantos estudantes como se espera de um programa desse alcance. O baixo interesse dos alunos é um dos indicativos que surgem da avaliação da última edição do teste, a ser divulgada oficialmente hoje pelo Ministério da Educação (MEC). Mesmo depois de o Enem ter se transformado na principal forma de chegar aos bancos das faculdades do país, 55% das 2.768 escolas de Minas participantes em 2010 tiveram menos da metade dos seus alunos fazendo as provas. Dessas instituições com baixa adesão, 97% são da rede pública – o que representa 1.478 unidades de ensino.

Se os dados causam espanto, o mesmo não se pode dizer de uma tendência reiterada a cada edição do exame. O Enem ainda não foi capaz de transformar o fato de a graduação ser um sonho muito mais palpável para estudantes de escolas particulares, que mais uma vez aparecem no topo do ranking de desempenho. Das 20 instituições mais bem classificadas no exame em todo o país, apenas uma é gratuita: o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa, o Coluni, na Zona da Mata mineira (veja quadro completo na página 19).

O resultado do Enem 2010 traz informações detalhadas sobre o desempenho de cada uma das 26.099 escolas cujos alunos se submeteram à última edição, em novembro do ano passado. A baixa participação dos estudantes mineiros reflete a situação nacional, em que 52,4% das instituições de ensino tiveram menos de 50% dos seus alunos diante das provas. Mesmo que o número não tire o brilho do recorde de inscrições no exame a cada ano – 4,6 milhões em 2010 e 5,3 milhões em 2011 –, ele traz à tona polêmicas sobre a preparação dos jovens da rede pública para a disputa de vagas na universidade, a eficácia do Enem como ferramenta de democratização do acesso ao ensino superior e o impacto das novas possibilidades de formação além da graduação, como cursos técnicos e profissionalizantes, de educação a distância e tecnólogos de nível superior.

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