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Delegado de Olímpia é demitido da Polícia

O delegado Eduardo José Vendramel, do 1º Distrito Policial de Olímpia, foi demitido da Polícia Civil do Estado de São Paulo. A demissão é re...

O delegado Eduardo José Vendramel, do 1º Distrito Policial de Olímpia, foi demitido da Polícia Civil do Estado de São Paulo. A demissão é resultado da conclusão de processo administrativo por improbidade contra o policial. Em 2005, o delegado usou da mão de obra de três presos que cumpriam pena na cadeia da cidade para trabalhar na construção de sua casa, em um condomínio fechado. A decisão do governador de São Paulo, Alberto Goldman, foi publicada no Diário Oficial do Estado de ontem.

A reportagem tentou falar com Vendramel, mas a informação na delegacia é de que ele estava em São Paulo tentando reverter a situação. Segundo o Ministério Público, em 2005 o delegado solicitou ao Juíz das Execuções Penais de Olímpia autorização para os presos L.G.C.R., D.J.S. e D.A.C. realizarem trabalho externo. O objetivo seria a construção de um muro de contenção no prédio da cadeia para criar um corredor entre a área externa e as janelas das celas.

Em seu requerimento, o delegado afirmou que para a execução da obra foram doados tijolos de um galpão comercial antigo. Para tanto, os presos teriam que desmontar as paredes do imóvel para construírem o muro de contenção. Vendramel teria afirmado no pedido que os detentos seriam vigiados de segunda a sexta-feira, das 9 às 18h. Dias após o pedido ter sido aceito, o MP recebeu denúncia anônima de que os três estariam trabalhando na construção da casa do delegado, no condomínio Thermas Park. Dois promotores foram até o local e confirmaram a denúncia.

A Polícia Militar foi chamada e encaminhou os detentos de volta à cadeia. Um inquérito civil foi instaurado e constatou que, durante cinco semanas, nos meses de julho a setembro, os presos eram levados por um policial civil em uma viatura oficial até a construção da residência do delegado. Lá, eles trabalhavam das 7h30 às 17h30.

Segundo a denúncia, durante o período em que permaneciam no condomínio, não havia qualquer vigilância durante o trabalho. O caso foi encaminhado para a Corregedoria da Polícia Civil de Ribeirão Preto, que investigou o caso e apurou que além de usar os detentos o delegado usava um investigador como motorista de uma viatura para levar os “pedreiros”.

Durante o processo administrativo disciplinar, os três presos afirmaram que haviam trabalhado para o delegado e recebiam R$ 50 a cada 15 dias de serviços prestados na obra. A cada três dias trabalhados, os presos diminuíam um dia na pena a ser cumprida. No entanto, a autorização original era exclusiva para serviços em obras públicas, e não particulares.

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