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Bancadas só serão definidas depois de julgamento da Ficha Limpa

Abertas as urnas hoje ao anoitecer, alguns dos 1.511 candidatos a deputado federal e estadual anunciados como eleitos sabem que ainda não d...

Abertas as urnas hoje ao anoitecer, alguns dos 1.511 candidatos a deputado federal e estadual anunciados como eleitos sabem que ainda não deverão comemorar. Nada mais do que 40 dos que disputam as eleições proporcionais em Minas, dos quais 11 em decorrência da Lei Ficha Limpa, tiveram os registros indeferidos e recorreram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como os casos ainda não foram julgados, os votos a eles atribuídos não serão computados. Se obtiverem decisão a seu favor, o que só ocorrerá depois das eleições, todos os cálculos realizados para a definição do número de cadeiras conquistados por partidos e coligações serão refeitos. Os últimos a entrar nas casas legislativas se tornarão candidatos a delas sair.

Se antes das alterações promovidas pela Lei 12.034, no ano passado, os votos conferidos aos candidatos com registros indeferidos eram direcionados às legendas, agora a regra mudou. "Embora esses candidatos com recursos pendentes estejam nas urnas, os votos que receberem serão separados e provisoriamente não serão considerados", explica o desembargador Kildare Gonçalves Carvalho, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Se os recursos desses candidatos forem providos, todos os cálculos de quociente eleitoral, quocientes partidários e o cômputo das sobras serão revistos. "Vai ter suplente que entra e parlamentar que sai. Partido que perde e partido que ganha", considera Kildare.

Ganhar cadeiras, essa é a obsessão de legendas e candidatos. De projeções vivem não apenas os grandes como, sobretudo, as chamadas legendas nanicas. "Nesta segunda-feira já começo a trabalhar as eleições municipais", anuncia o "montador de chapas" profissional Agostinho Neto, presidente regional do PSL. Até as eleições passadas, Neto estava no PTC. Desenvolveu a expertise em atrair para a chapa candidatos com votação mediana. Em seu conjunto, eles agregam um contingente de votos capaz de conquistar muito mais cadeiras do que suporia a vã inserção social de duas dezenas de partidos que surfam no sistema eleitoral brasileiro. "Minhas chapas não têm rabo nem cabeça. Todos têm chances e contribuímos com a renovação dos parlamentos", afirma Neto. O PSL se coligou para as eleições na Assembleia e na Câmara, com dois outros partidos pequenos, o PSDC e o PMN. "Projetamos conquistar oito cadeiras no Legislativo estadual e duas na bancada federal mineira", anuncia Neto.
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