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Quase 500 pessoas morreram afogadas este ano em Minas

Com a chegada do verão, estação marcada por altas temperaturas e chuva intensa, que começa oficialmente às 21h38 desta terça-feira, Minas Ge...

Com a chegada do verão, estação marcada por altas temperaturas e chuva intensa, que começa oficialmente às 21h38 desta terça-feira, Minas Gerais passa a conviver com duas graves ameaças. Mutirões formados por agentes de zoonoses, policiais militares e Forças Armadas percorrem várias cidades eliminando reservatórios de água parada, verdadeiros criadouros do mosquito da dengue, que já matou 99 pessoas este ano no estado. Mas, se o combate ao Aedes aegypti requer grande esforço, estatística ainda mais alarmante faz com que o Corpo de Bombeiros acenda o sinal de alerta: de janeiro a novembro, 489 pessoas morreram afogadas em lagoas, rios e piscinas de Minas.

Com 10 anos de experiência em salvamentos aquáticos, o capitão Waldeci Gouveia Rodrigues, chefe da Divisão Operacional do Comando dos Bombeiros, traça o perfil da vítima de afogamento. “A maioria tem de 15 a 30 anos e acha que sabe nadar muito bem. Pensa que não terá dificuldade em nadar 200 metros lagoa adentro e se esquece que terá de voltar a mesma distância”, ressalta. Outros fatores, como a obesidade e a ingestão de bebida alcoólica, aumentam o risco. “Nadar de barriga cheia é outro perigo, pois o organismo se concentra na digestão, o nível de oxigênio no cérebro diminui e a pessoa pode desmaiar no percurso”, acrescenta.

Por causa da correnteza, o índice de afogamento em rios é maior do que em água parada. O cuidado também deve ser grande em cachoeiras, por causa do risco de traumas provocados por mergulhos em águas rasas. Crianças merecem atenção especial, inclusive nas piscinas dos clubes (84% dos afogamentos ocorrem por distração do adulto). “Os pequenos são atraídos pela água e alguns responsáveis se descuidam, confiando nos salva-vidas. Esse é um erro grave”, afirma o capitão Gouveia, que faz outro alerta: “As boias feitas de câmara de ar de pneus de caminhão são as maiores vilãs. Quem sobe nessa boia não sabe nadar e, se cair de cima dela, num local fundo, não vai conseguir subir”.

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