Aumenta o número de casos em que as mulheres reagem à agressão doméstica em Frutal

Os números da violência doméstica contra as mulheres em Frutal assustam, isso porque, só no primeiro semestre deste ano o Centro de Referência Especializado de Assistência Social registrou mais de 250 casos de mulheres que denunciaram terem sido agredidas pelo próprio marido ou pelo amásio.

Apesar destes números preocupantes, outro dado vem chamando a atenção dos profissionais que atuam no CREAS de Frutal.  A quantidade de mulheres que estão reagindo às agressões dos maridos também é cada vez maior.

Segundo Rosimeire Ferreira, coordenadora da entidade, esta mudança no comportamento das mulheres que são vítimas de violência doméstica só foi notada recentemente pelos colaboradores da instituição. “No último mês, o número de mulheres que reagiram à violência doméstica teve um aumento muito acentuado em mais de trinta casos nossos profissionais constataram que as mulheres também agrediram os maridos”.

Rosimeire ainda afirma que as mulheres só agridem os maridos depois de sofrerem anos em silêncio. “Vale ressaltar que todas as mulheres que bateram nos maridos ou reagiram às agressões, são há muitos anos vítimas de violência doméstica. Fica evidenciado que elas só reagiram porque não suportavam mais a humilhação e a dor de apanharem caladas”.

A coordenadora do CREAS também ressalta que não foram registrados casos em que as mulheres tenham agredido os maridos mais de uma vez. “Em nenhum caso foi constatado reincidência da mulher, isso demonstra que a mulher só agride o marido para se defender”,

Rosimeire alerta para que as mulheres que sofrerem qualquer tipo de violência denunciem o fato aos órgãos competentes ao invés de tentarem revidar a agressão. “A melhor opção nunca é devolver na mesma moeda, por isso, pedimos as mulheres que procurem o CREAS e a Polícia Militar para que possamos resolver essa situação da melhor forma possível".