Polícia prende 2 por tráfico de armamentos na BR-153

Dois homens foram presos na noite de anteontem pela Polícia Rodoviária Federal de Rio Preto com nove pistolas, um revólver, 123 munições de diversos calibres e 3.096 comprimidos para disfunção erétil. Wanderson Ferreira de Andrade, 30 anos, e Mauro de Souza Coelho, 42 anos, afirmaram à polícia que os produtos foram comprados no Paraguai. O flagrante aconteceu na praça de pedágio de José Bonifácio, na BR-153.

As armas e os medicamentos estavam escondidos em um fundo falso de um Ford Fiesta, que havia sido roubado em Guarulhos em 2008, segundo a polícia. Eles não souberam informar a procedência do carro, por isso também vão responder por receptação. Os policiais faziam patrulhamento de rotina próximo ao pedágio quando abordaram, por volta das 23h30, o carro, que era dirigido por Coelho.

Segundo o inspetor José Zanin Júnior, enquanto os documentos do veículo e do motorista eram examinados, foi descoberto que o carro havia sido roubado e que a documentação era falsa. Quando retiraram as peças do veículo, foram encontradas seis pistolas calibre 9 milímetros, uma ponto 40, uma calibre 380 e outra calibre 45, além de um revólver calibre 38 com a numeração raspada. As pistolas foram fabricadas na Argentina e nos Estados Unidos. Os policiais também apreenderam 150 cartelas de Pramil, duas de Viagra, quatro do medicamente Digram, outras duas cartelas de Eroxil e quatro de Cialis. As munições estavam em uma caixa também escondida no fundo falso.

Durante a abordagem, os dois amigos confessaram que seguiam de Foz do Iguaçu, no Paraná, com destino a cidade de Ipatinga, em Minas Gerais, onde residem. Wanderson Ferreira de Andrade assumiu a responsabilidade pelas armas, munições e medicamentos. Ele afirmou que pagou R$ 15 mil nas pistolas e no revólver. O acusado também disse que escondeu os produtos sem que o amigo percebesse.

No carro ainda foram apreendidos diversos materiais eletrônicos, máquinas fotográficas, camisetas da Seleção Brasileira, entre outros produtos que serão encaminhados à Receita Federal. A suspeita é de que as armas seriam revendidos em Minas Gerais para abastecer o crime organizado naquela região. A dupla vai responder pelos crimes de crimes de tráfico internacional de armas, uso de documento falso, receptação, importação de remédio sem autorização, além de descaminho, já que as mercadorias compradas no Paraguai estavam sem documentação fiscal. Os dois estavam detidos na carceragem da Polícia Federal.