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Mesmo sendo investigadas pelo Ministério Público, contas da ex-prefeita, Ciça, são aprovadas pela Câmara

Por oito votos a seis foram aprovadas as contas da ex-prefeita Ciça no exercício de 2010. A votação gerou polêmica porque nessa época a pre...

Por oito votos a seis foram aprovadas as contas da ex-prefeita Ciça no exercício de 2010. A votação gerou polêmica porque nessa época a prefeita foi investigada por pagar supersalários a médicos do Frei Gabriel. Na época foi falado em gastos de 10 milhões com um grupo restrito de médicos. O caso esta sendo investigado pelo Ministério Público.
Votaram pela aprovação das contas os vereadores Zizi, Joab, Mazarope, Nei Vicentino, Presbítero Sinomar, Maíza, sargento Marcelo e Gleiva.
Votaram pela rejeição das contas os vereadores Bruno Augusto, Lucio Afonso, Carlos Roberto, Romero Menezes, Sônia Soares, Josimar Ferreira.
A vereadora Gleiva, que defendeu a ex-prefeita Ciça durante a discussão do projeto, disse que o que estava em pauta eram as contas e não o relatório da CEI (Comissão Especial de Investigação). “Eu não estou questionando o trabalho da CEI, e votaria na aprovação das contas quantas vezes forem preciso, porque conheço a integridade da ex-prefeita Ciça” afirmou.


O vereador Juninho do Sindicato, presidente da Câmara afirmou que o legislativo não tem condições técnicas para fiscalizar as contas da prefeitura, e por isso os vereadores seguiram o parecer do tribunal de contas. Ao ser questionado se o trabalho dos vereadores seria irrelevante, já que se resume apenas em acatar o parecer do Tribunal de Contas, Juninho disse que cada vereador vota com sua consciência. “Os vereadores apenas acompanharam o parecer do Tribunal, e vai ser assim com quantas contas chegar aqui” afirmou.
Durante seu discurso, o vereador Lúcio Afonso disse que seguiu o relatório da Cei. De acordo com ele, que é médico, para ganhar o que se pagavam aos plantonistas do Frei Gabriel, ele precisaria trabalhar 62 dias em um mês. Lúcio também contestou a versão do presidente Juninho e afirmou que o vereador tem independência do tribunal de contas para julgar as contas da prefeitura. “Se for pra gente sempre acatar o parecer do Tribunal, o que estamos fazendo aqui?” questionou ao apontar que os vereadores têm autonomia para investigar as contas do executivo. “E digo mais, são documentos, são depoimentos, não estou dizendo que houve roubo, o que digo é que houve improbidade, má administração dos recursos públicos.” afirmou o médico.
O vereador Carlos Roberto, que também votou pela rejeição das contas, afirma que a análise do tribunal de contas apesar de técnica é superficial. Para ele, os supostos desvios da saúde, apontados pela CEI não foram detectados porque a análise do Tribunal de Contas é superficial.


A reunião contou com a participação de algumas pessoas que foram até a Câmara para acompanhar a votação. Por duas vezes a vereadora Gleiva interrompeu o seu discurso para reclamar que estava sendo atrapalhada pelo público. Um dos que assistia a reunião deixou o plenário batendo boca com a vereadora.
As contas de 2006 que também entrou na pauta de ontem foram aprovadas por 13 a 1. Apenas o vereador Bruno Augusto de opôs à aprovação.
Reportagem e texto: Antônio Araújo


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