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Ao menos 50 mil estudantes mineiros vão pagar por erros no Enem

A batalha judicial e os impasses em torno do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) elevam à máxima potência a tensão e a expectativa entre ...


A batalha judicial e os impasses em torno do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) elevam à máxima potência a tensão e a expectativa entre estudantes e universidades de todo o país. Mesmo considerada a hipótese mais otimista do Ministério da Educação (MEC) – de refazer apenas os testes do caderno amarelo e somente para candidatos comprovadamente prejudicados –, as datas cogitadas para a possível reaplicação da prova coincidem com vestibulares de instituições públicas e particulares, podendo acarretar novos transtornos aos alunos e mudanças nos processos seletivos.

Em Minas, esses concursos envolvem mais de 50 mil candidatos a vagas nas universidades federais de Viçosa (UFV) e do Triângulo Mineiro (UFTM), além da Estadual de Minas Gerais (Uemg), do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e da PUC Minas, na modalidade tecnólogos. E, se prevalecerem teses como a do Ministério Público Federal, que defende a anulação de todo o processo, o quadro ainda pode piorar, em um efeito dominó que afetaria mais escolas.

Caso o teste seja reaplicado só aos candidatos prejudicados pelos erros no último fim de semana, as datas mais prováveis são 27 e 28 deste mês ou 4 e 5 de dezembro. O anúncio foi feito, no início da semana, pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelo Enem, Joaquim José Soares Neto. A declaração foi dada para acalmar os ânimos de alunos afetados pelas falhas. Os tropeços, que incluíram erros na impressão dos gabaritos e em alguns lotes de prova do caderno amarelo, contendo questões repetidas, levaram a Justiça Federal do Ceará a conceder, na segunda-feira, liminar suspendendo a avaliação nacional.

A indefinição sobre o futuro do exame ganha novos capítulos a cada dia, em uma batalha judicial opondo, por enquanto, o Ministério Público Federal e a Advocacia-Geral da União, que deve recorrer contra a suspensão, a pedido do MEC. O cenário sombrio leva estudantes como Gladson Reis, de 19 anos, presidente da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande Belo Horizonte (Ames-BH), a preparar protestos que devem se alastrar pelo país. A principal manifestação está marcada para a tarde de segunda-feira, em várias capitais.

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